beijo.


A troca de saliva, de carinho, bactérias, desejos e sentimentos. Uma prática prazerosa com mais de 2000 anos, divisora de águas e representativa em culturas ancestrais. O beijo é muito inusitado. Destrava neurônios, move o corpo todo numa harmonia ionizante. Beijos colados, selinhos, de língua, na bochecha, na testa, no pescoço, na orelha, lugares eróticos. Confissão de amor recíproco ou apenas curtição. Visado pela sociedade, criticado pelas religiões quando fora dos dogmas e do pudor. Abominado quando homossexual. Técnico, quando realizado por atores. Um beijo é sublime, uno, participativo, fraterno e amoroso. É carnal, sexual, devasso ou pervertido. Satisfaz ou recusa. É um ato épico, transcendental, onde duas almas trocam carícias, exibem seus íntimos, ficam indefesas e vulneráveis. É delicado e devastador, onde o frio da barriga encerra e inicia milhões de vezes, num compasso vertiginoso. É algo imprevisto, trapaceado, brusco, admirável, singelo. Beijar é o falar, sem palavras.   

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