carta aquarela.


     Pintura é legal. Sempre apreciei, desde pequeno quando via nas lojas. Nunca tive em casa por relaxo. Picasso, Rockwell, Michelangelo, Portinari, Da Vinci, com muitos outros na gama de inesquecíveis. É um tema, infelizmente, dificílimo de cair na roda de amigos, para rolar um debate por convicção artística, até pela falta de interesse geral pelo assunto. Figuramos hoje a era da multimídia, onde as artes eruditas perdem espaço. Vai lá saber o motivo de tanto desleixo. A verdade é que com o passar do tempo, fui conhecendo o poder e o valor dos quadros. Representação, memória, retrato e um momento depois expressão, sentimento, profundidade. E lidando com tais conceitos, vieram à mira muitos outros nomes que pintavam e expressavam no underground. A pintura é expressiva. É uma arte tímida, singela e calada, mas que traduz o homem. É o arranjo de detalhes numa prosa colorida, em aquarela. Cintilante ou opaca. Necessitada de talento, de habilidade e de delicadeza e da presteza de ilustrar. É por isso que escrevo. Por não saber arranjar cores e linhas, mas letras, pontos e vírgulas.

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