Reflexão da obra de cinema Sonhos Roubados.


O filme retrata 3 jovens vindas de uma comunidade pobre, desprovidas de oportunidade profissional justa e de uma vida justa, em geral, vivendo então de prostituição corporal e providas apenas do almejo numa vida melhor, agindo “mercenariamente”, mas na esperança de um dia mudar.
Um primeiro fator colocado em jogo seria, mais uma vez, o uso de comunidades suburbanas como cenário indicando a realidade brasileira. Será percebido no filme, de antemão, que ele é mais um objeto de revolução quanto a situação atual do país, não só nas favelas cariocas, mas em vários pontos da nação que se pode observar essa precariedade. Mas deixando a crítica social para o filme, vemos outro ponto tocante que é a falta de oportunidade profissional como sendo uma bifurcação entre a insistência no sucesso e a exclusão social, onde ambos os temas são focos cinematográficos comuns. Hoje prostituição é exclusão. Mas com o pretexto de alcançar “os sonhos”, então podemos dizer que dá pra aceitar esse “meio termo”. A falta de emprego formal propriamente dita foi ocasionada por uma cascata de problemas que foram se interligando e hoje temos uma série de fatos que são consequência disso, tais como miséria, fome, analfabetismo, violência, alienação e o pior deles: A antiética. Corrupção, melhor dizendo, atualmente é igual à paixão: Qualquer um está sujeito a ela, constantemente. Filmes que mostram isso, nos dias de hoje nascem às dúzias, retratando o tamanho da insatisfação nacional com a administração do país. Similares a este filme vão existir outras formas de revolução e até outras obras de cinema certamente, descrevendo o quão farto estão de toda antiética nacional, que submete os cidadãos a exclusão e formas desumanas de sobreviver, deixando-os vulneráveis ao ponto de permitirem que os sonhos sejam roubados. Confiram a obra e certifiquem-se da condição que muitos habitam hoje e se não nos movermos, por vasto tempo ficarão.

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