chaveiro


Na bolsa de um estudante eu sirvo. Enfeito, atrapalho, balanço, componho um objeto, sou um objeto: Eu penso. Minha corda não permite correr, sou apenas um apetrecho, a olhos alheios. Não tenho liberdade, eu sei! Eu vejo o mundo, pendurada num zíper, do jeito que esculpida fui. Os pobres, velhos, degenerados, diferenciados, ovacionados, eu os vejo. Sou um enfeite não tão convencional, que vive sendo tocado e sacudido no ardor do dia. Vivo a vida do meu dono, vejo o mundo com ele, estou com ele e sou a musa dos seus guardados, que ao acaso vigia, sou um chaveiro.

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