conveniência do carro.

Quando o carro passou por um buraco, o tranco me acordou. O carro parou de funcionar em plena madruga. Pura sorte a minha. Sozinho na noite sem saber apertar um parafuso. Abri a porta e permaneci sentado. O clima estava agradável. Acendi um cigarro. Sempre passei naquela estrada, nos mesmos momentos, mas só naquele dia, tive tal infelicidade. No mesmo dia, no mesmo lugar, a garoa que começou a cair, me fez parar para olhar as margens da rodovia. Belíssimas árvores, floridas, secas, em todos os formatos e distorções. Mais a frente, um casario meio clássico, de casas que se entre ladeavam; amarelas, azuis, verdes. Uma vereda escorria rente à via. Eu estava num paraíso e não sabia. Suspirava agora um ar frio, olhando, momentaneamente, o relógio. Liguei o rádio. Mais beleza havia ali. Músicas clássicas, que eu nunca dera muito valor, agora reluziam em pura lindeza. Cantei várias delas. Alguns animais cruzaram pista, atentos, famintos. Os insetos zuniam desde sempre. Inesperadamente, ouvi um estampido. Fiquei um pouco sonolento e agora uma luz me aparecia. Forte, linda, chamativa. Depois disso, só lembro que alguém veio resgatar meu corpo depois.

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