Contemporaneidade.


Sou do tempo em que romantismo valia a pena. Do tempo que poemas eram para poucos, tinham grande valor. Sou contemporâneo dos Mamonas e o pop rock, da juventude revolta. Uma geração marcada pelo sentimento revolucionário, onde jovens muito sabem e muito querem. Do tempo em que as declarações de amor e amizade cabiam perfeitamente numas estrofes e que hoje não mais é assim. Hoje, nada impressiona, pelo excesso de impressionismo. Nada mais choca, pelo constante estado de choque que se tornou a vida. São mais e mais sucedâneos impactantes, renovando paradigmas, tornando o tempo perpetuador de utopias. Muito do que se criou e do que se cria passa por uma triagem rigorosa chamada sociedade, cujo critério é totalmente arbitrário e incompreensível. A roupagem fantasiosa, colorida e a invenção do rock, por exemplo, fazem parte de um passado próximo, que é juvenil, mas que não se encaixa nesse trem chamado modernidade, onde existem muitos vagões, porém carregados de sede de poder. Trem esse movido à dólares, aliás.

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