metrô.

O metrô na manhã é cheio. Muitos rostos e expressões. A espera do trem tem sentido diverso, mas a expressão de aguardo é instigante. Sobrancelhas franzidas olham os trilhos na direção do horizonte tentando enxergar a vinda do trem. Alguns leem o jornal, sentados ou encostados à parede. Outros conversam política, futebol, arte. O semblante geral é de euforia e calmaria. Tsss! Chega o trem. O frenesi em direção à porta é rápido. Amontoam-se pessoas à procura de um assento vago. Agora acomodados no vapor, os homens e mulheres observam as paisagens, com olhar desapegado. Ouvem música, cantando, cantarolando ou apenas assoviando. A espera contínua não corrói ninguém, todos querem completar suas rotinas e seguir o padrão. Vão aos seus empregos, classes e afazeres, preocupados em fazer o de sempre e marchar no compasso que se move o trem.

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