o sono e o ócio.

O sono e o ócio, coisas agradáveis e bem confortáveis. Deitados num sofá, nós podemos ser ociosos e sonolentos o quanto quisermos e esta preguiça é sagrada. Em nada mudaremos o mundo senão em nossos pensamentos. As chaminés cuspirão a mesma fumaça e os rios divagarão igualmente. Teremos consciência da escuridão das pálpebras cerradas e da maciez do travesseiro, quando muito da música barulhenta que ouvimos e esta entra e sai dos ouvidos como o vento. O vento percorre toda a sala com suavidade e complexidade. O caos se debate cada vez mais fora das nossas casas, dos nossos quartos. Dentro deles o único barulho é o do ventilador, que só funciona aos trancos. Levanto e aqueço uma xícara de café, toda a ciência, e me delicio. Volto ao sofá e ao sono, e ao ócio.