Por mim, questionando.

Vagando pela sala, venho me questionando sobre os fatos que me cercam. A vida sempre tão dramática, o cotidiano que não pára, o frenetismo. Observo as cortinas, a cadeira de balanço, as almofadas amontoadas, continuamente em espera. À espera de um chamado, uma requisição, despretensiosas, despreocupadas, impessoais, mas firmes nas suas consistências. Tenho andado por aí, pensando nos meus atos, na minha consistência, na minha função, no ócio e na inércia, na aparência e na essência, na frequência e na importância a que tenho me cometido. Que espécie de objeto eu sou? Ou melhor, não devo ser objeto. Por pensar assim, tenho pertencido a outrem, outros objetivos, outros caminhos e propósitos que não os meus. Tenho sido personagem e não escritor, contado e não contador, observado e não observador, reacionário e não ativador. Falta criticidade e conhecimento. Falta sabedoria. Falta Filosofia.    

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