sorrisos imperdoáveis.


Um boneco bigodudo me sorria. Ele me olhava cheio de sarcasmo, ironia. Continha dentro daquela criatura petrificada algo que ironizava com o ambiente. Ele sorria, talvez, por querer ser feliz. Se for por isso, ele é um eterno felizardo, pela sua estática. Mas alguma sátira o faz sorridente. Não sei se lhe contavam piadas ou se o quotidiano era uma piada. Podia ele, estar perplexo e oposto. Podia também estar forçado a gargalhar, querendo ser dor. Mas debochava antes de tudo. Zombava como palhaços cearenses. Criticava a paisagem, discordava da matéria, fazia sua crônica troçando com o trivial. E que trivial. Doravante, satirizarei pensando como um boneco de banheiro. Que se petrifica e observa com onisciência, sem pecar, sem nada fazer senão paráfrases engraçadas. 

Comentários

Postagens mais visitadas