Correntes.

Com o auxílio fictício do silêncio
Temos equação imóvel, estagnada
Fervilha a chama oscilando escárnio
Diluindo em ácido o zéfiro da parada.

Encostados num stop diário
Imaginamos um paraíso apenas imaginário
Jamais visto pelos olhos cansados
Jamais cantado nos insignes cancioneiros
Carregado às expensas nas costas do dromedário
Nem acordados atinamos à razão do mistério

Parar, pra ver o invisível, dizer o indizível
Pasmar, sem susto nem bicho, criar sem capricho
Escrachar sem escracho, to stop no extenso vasto.

O caminho das águas, das paragens divinas
O vôo rasante das aves de rapina
Na presa o alvo, na brisa o calmo
Do momento crucial, leve, um rasgão ultra-som
A essência que, em cadeia, predomina
Reminiscência de areia, do marrom
Que paira e rivaliza, estabiliza.
Paralisa.  

Parar, pra ver o invisível, dizer o indizível
Pasmar, sem susto nem bicho, criar sem capricho
Escrachar sem escracho, to stop no extenso vasto.

Ginga vacilante que assombra os areais
Um cata-vento tenaz que revolve momentâneo
Um impulso que transcende os pulsos mortais
Infinito ínfimo de impacto instantâneo
Talvez toda estada que gere
Um fio de infinidade para que mude
O cosmo que a tudo fere
Ajude os astros em sua magnitude

Parar, pra ver o invisível, dizer o indizível
Pasmar, sem susto nem bicho, criar sem capricho
Escrachar sem escracho, to stop no extenso vasto.

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