Lista de Compras.


Quando a vida se cala
E a bala da fala resvala
O tanto distancia do ponto
Vira um conto
Uma história de verão
Um causo do sertão
Onde não há voz nem vez
Há um deserto sangrio atroz
O silêncio do mundo em nós
A boca enfim cerrada
Por uma indiferença, por nada
Pelo medo de perecer
Por isso ser revoluto da idiotice
Elevando o espírito ao ápice
O fazendo renegar a tolice
O silêncio como sabedoria
Por ver o vírus da monotonia
E escrever máximas cheia de pompas
Na mera lista de compras
Junto da carne e do leite
Ver o deleite alimentar o homem
Pelo justo preço com desconto
Enlouquecer ao ler o conto
Das diretrizes do homem

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