delírio da ninfa bela.


Tenho cílios candentes chiando
Sangue violentando os olhos
O crânio prestes ao estouro
Não ouço quase nada
Exceto um leve silvo rasga minha percepção
Tão fraca, tão cínica.

Uma imagem vultosa, distorcida repica
Uma mulher magnífica paira envolta
Está de braços abertos, belos braços
Não sei, tenho medo de ser consumido
Por seu corpo impecável, que pecado!
Não sei se gemo ou se grito.

São olhos rubros em caleidoscópio
Psiquê recitando fulguras em alemão
Afrodite, divina carne, desejando amar
Escravos em volta, lírios sangrentos
Aura da paixão proferida em bruxarias
De terno fechado, engulo tudo à seco.

É ela, venosa, venenosa, não! Heroína.
Dragões e seios, outra droga, jamais! Valquíria.
É a minha musa, minha carente e bela
A minha ninfa bela, agora lágrimas.
Reise, amour: Não, declínios, delírios nefastos
Chega! Minha ninfa bela, somos um.

Comentários

Postagens mais visitadas