conta no fim do mês.

Um rapaz no mundo algoz
Uma solitária e mera voz
Um pensamento saboreador
Um labor diferente e preguiçoso
Um sujeito que rejeita a dor
Uns dejetos o fazem ocioso
Por um tempo, apenas por um tempo
E segue tentando, nos relances lúcidos
Dois tempos, duas dimensões
Três pessoas, quatros vozes
Cinco vincos, seis luzes
Dez calças, vinte saias
Um amor inesquecível
Retomando, trinta ideias
Quarenta empecilhos, cinquenta ladrões
Bilhões de espantalhos
Bilhões de bilhões de nadas.
Exagero meu, bilhões de poucos.
Conto à dedo cada cadarço desamarrado
Cada suspensório estampado
Uma gravata borboleta, óculos redondos
Uma meia máscara e muitas ideias.
Findadas ideias e sensações.
Uns suspiros suspeitos que cri satisfeitos.
Pois penso que penso, penso que conto
E apenas conto, quando penso não peço
Despeço-me e ponho ponto.

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