poema prenho.

Parimos o sangue coagulado na chaga
A mulher que nos vê, corre e afaga
Parimos a ferida aberta pelo chão
Pela medida suma desta e doutra dimensão
Parimos o fruto podre da cidade insana
Nela repousa o açúcar mouro, da flor da cana
Parimos um beju maquiavélico
Parimos todo o material bélico
Parimos a aparição da epifania infame
O homem vestido de lama e grama e grana
Solução dos soluços não é água
É fio de pensamento.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas