poema de dois mil e doze.

Divagações ao horizonte e seus nuances.
Os olhos apertam-se, em busca de ver a beleza.
Disseram-me que tinha beleza ali.
O Sol se expande, se alastra, se mostra:
Que belezoca!
Ombros caídos, olhos arregalados, sorriso de criança
A música do Roberto ainda toca na radiola
A passarada canta alucinada, pia o novo dia.
Sobre o carro estacionado no beco:
Tem orvalho, a névoa recobre as pessoas
Andam cansadas da festança.
Pelo chão da rua o lixo.
Algumas garrafas: De cerveja, refrigerante e champanhe.
O resto dos fogos de artifício dispersos
As vozes soam pelas casas, luzes acesas e o Sol se aproxima.
Dois mil e doze chega como quem nada quer.
Ele sabe que nada muda muito.
Sabe bem que é um dia como outro qualquer.
E na divagação do tempo, não há cronologia.
Só dia e noite, o amanhecer e o anoitecer:
Crepúsculos.
Na cabeça das pessoas cabelo, as ideias de sempre.
O ciclo que se mede, premedita e se espreme em cada lar.
O ciclo que ao invés de ser repensado se refaz.
Mas, como ciclo tem conceito tão abrangente, que se faça então:
Ao novo ano, novas conquistas e calendários.
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