O poeta sem verba.

Eu falo da vida.
De que mais poderia falar?
A feira está vazia, espatifou-se a jaca.
Está livre esta feira.
Só os restos cheiram.
Botaram um copo americano,
Cachaça no meio.
Soldado amarelo com dedo em riste.
Homem nu, encolhido, arriado.
Pago com o verbo,
É a vida que temos.

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