A coruja e a lua.


A coruja que passa altiva
De peito alvo, canta a noite
E lua brilhosa revela-se brilhante
Falo em altissonante do meu amor
Mesmo de receio em pronunciar-me,
Mas esqueço o medo.
É dele que a desgraça e o ócio se alimentam.
A coruja ignora a escuridão
E grita ao luar, às árvores pardas
O vento que anuncia a sua chegada
Um silvo rasga o silêncio
   [Das correntes que pararam de arrastar
      Almas de amores não correspondidos.
Olhei a lua gigante, a coruja passou
Como vulto.
Correu atrás dela, seu marido, o corujo
Homenzinho desajeitado que quer seu amor:
Ele é amado.
E eu não vou mentir: Sou também.
Sem medo da felicidade.
Estou olhando a lua, enquanto minha coruja
Fita-a apaixonada, no seu ninho.

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