meu filho
Nas mãos do pai.
A voz grave cantarola
A pele suave do bebê
em contradição
Com a barba vasta.
Criança, repousa em meus braços
Enquanto o mundo ruge suas pretensões
pequenamente grandiosas.
Aquele coração pequeno,
Suspiro que não se ouve.
Que sono lindo
Que vida em silêncio
Cabelos ralos.
O pai caminha pelo salão.
Onde estará a mãe?
Meu menino, não chores
que o mundo te envolve em meus braços
e isso já basta
Te desfaz de toda a potência
porque o existir é só esse
silêncio.
Não há futuro
Te carrego em meus braços
e cada suspiro me tira um pedaço,
mundo que te invade.
Meu filho, dorme, que te ouço.
Dorme, que te vejo.
Dorme, que tua poesia
é minha.
Tua vida, meu filho.
Tua vida.
Comentários
Postar um comentário