comunicação sem fronteiras.


A necessidade da fala, comum a todos os seres, vigente desde as primeiras civilizações, sempre esteve vinculada à expressão cultural, tanto de um indivíduo, quanto de um grupo. É a identidade e o meio de manifestação unânime. Fora dividida por territórios, pela montagem de tradições e modos produtivos. Especificamente no Brasil, a linguagem, agora lapidada e adaptada, permanece como objeto de dois gumes, onde um lado é dominante e o outro, obviamente, dominado. Julgamento esse que ressoa não só no âmbito comunicativo, como no todo, dentro do contexto brasileiro.

            O emprego da linguagem apropriada é a questão do fórum. Utilizar norma culta ou não? Repreender o mau uso ou não? Para a primeira indagação, a resposta mais evidente é de que se tornaria enfadonho utilizar a gramática normativa a todo tempo. Para a segunda dúvida há de se fazer o alarde frente ao preconceito lingüístico que se alastra imperceptível, fazendo com que os usuários da formalidade aparentem serem carrascos impetuosos. É comum que o processo acadêmico de muitas pessoas seja problemático, fazendo com que elas não se encaixem no paradigma da variedade padrão. Outro fator relevante é o desgaste que se causa aos dialetos locais, corroendo os sistemas culturais e empobrecendo o folclore nacional.

            O sentido real da linguagem é atingir comunicação e não rondar em prescrições pretensiosas e preconceituosas além de tudo. A determinação da norma tem valor de unificar para que não haja deformação da linguagem genérica, mas nunca de reduzir a intimidade da elocução e de restringir o discurso, pois dificultaria a excelência do resultado discursivo: O diálogo transparente.    

Comentários

Postagens mais visitadas