A ilha e o guitarrista



A espuma se mistura com a borra do café
E tudo decorre como o chão úmido onde esteve a maré
Camisa aberta no peito, cabelos molhados de orvalho
O guitarrista caminha pela praia deserta
Aquele gosto doce lhe toma a respiração
Não se sabe o que é praia e o que é fundo do copo
Caminha em círculos, naquela ilha deserta
Seu coração exala sentimentos centrífugos
Que por ora abastecem aquela ausência artificial
Mas o guitarrista sabe que não sabe
E por isso sente o pesar recair-lhe sobre os ombros
Nunca houve guitarra. No cume da praia, o cheiro de café retorna

Comentários

Postagens mais visitadas