Um esfomeado.

 
Ele foi um cara que:
Esgotou as possibilidades
De verso, prosa e bula
Sem satisfazer-se
Com seu perfeccionismo guloso
De redundância imortal,
Foi arriscando a rima,
Destilando o estilo,
Dissecando o conto,
Até que seus dedos
entrevaram, os olhos
se desvaleram, a fome,
no entanto, nunca passou.

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