Duelos psicográficos
Queria
uma solução para todas as minhas angústias
Minha caneta é como uma espada que espeta meus pensamentos no paredão de fuzilamento.
E os pensamentos, tão condenados, sorriem de mim.
Com o crime indicado em suas plaquetas, como tudo que não foi dito, cada pensamento me encara.
Na plaqueta, a sentença é a narrativa, a palavra. Muitas vezes, eu, o carrasco, fui driblado. Minha tarefa era pegar a baioneta e transformar aquele pensamento em escrita.
Com a precisão de um tiro.
Mas atiro a esmo, como um eterno iniciante, como uma criança que não suporta o peso da arma.
Meus pensamentos, algemados e vendados, me vencem.
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