Sei lá.

Não insônia, mas sonambulismo
Venho dizer o meu salutar incômodo
Quando persuadido na minha reclusa mesa
Sinto que o sei lá me e te resolve
A mesa não cabe mais que as garrafas
Não sei nada para que interroguem
E é só. Não sei algo mesmo.
Não queiram saber o que não penso.

E se me incomodo, faço o mesmo
Sei lá, só sei que não gostei
Só sei que nada sei. Nada sei.
Se me deixares aqui com meus botões
Não te preocupes mais, vou bem!
Mesmo que se explodam no peito
Barris inflamados, corações fatigados
Queijos qualhos mofados, amores até.

Do que sei nenhuma sapiência estuda
Por pirraça eu nego, rabisco o que disse
Me distancio, gosto da mentira bem contada
Sei que vou suicidar mais vezes tolamente
É inevitável sentir agonias e baixarias
Vícios angustiantes que prefiro fumar
Nesta ignorância que restrinjo o ser
Até que mãe malvada acalente o seio.

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