cantinho da paixão.

Numa rua esquisita, movimentada, da periferia, uma série de bares sucedem e ao fim deles existe um lugar especial. Ao lado do bar Novo, existe uma mesa onde sempre há um casal, onde sempre há aconchego. Mesa essa rodeada por flores, cores e cartazes. Coberta por uma toalha xadrez, vermelho, antigo. As cadeiras são de madeira, bem talhadas, com um desenho de coração em cada uma. O lugar é perfumado. É um lado onde se trocam carícias, carinho, delícias se realizam, mas também as fantasias e os mais íntimos desejos. Cavalheiros demonstram seus encantos, seus dons e habilidades. Usam palavras doces, dizem gracejos ao pé do ouvido, são irreverentes, amorosos. As moças vão de coração aberto. Querem amor, apenas. Ter ou não varia. Vão perfumadas, pintadas, distintas, decididas ou indecisas. Vão escolher, vão agraciar. Alguns príncipes saem com um beijo no rosto, outros com uma tapa no rosto, mas a maioria sai com a gravata amarrada na testa e o rosto com marcas encarnadas. Falamos do cantinho da paixão, afinal.

Comentários

Postagens mais visitadas