sexo às sete.

Ela sentia a respiração dele no seu queixo. Era algo instigante, pois o próximo se tornou divino. Ele a segurava em seus braços e exausto, apenas exauria gemidos de prazer. O beijo trouxe um orgasmo carregado, mútuo, múltiplo. Automaticamente os dois caíram sentados na cama, sorrindo, permaneceram imóveis. Agora deitados, ele pressionava o corpo dela contra o seu peitoral. Ela seguia muda, paralisada. De súbito, a transa acelerou e ficou frenética. Vai-e-vem alucinante, não era algo terreno. No mínimo, eles agiam no instinto. Ela, fora de si, começou a urrar e expor o prazer que sentia. Parecia nunca ter fim, aumentando a sensualidade. Como um fantasma que aterroriza, a surpresa veio a calhar, abre-se a porta do quarto: O pai da moça. Um cara de dois metros, cento e vinte quilos, portando um bastão largo na mão, enfurecido, berrando o nome dos dois. Ele sentia ódio. O vidro da janela parecia ser água, num mergulho que o grande brocha deu. Saiu correndo nu, às sete da noite, fumando um charuto cubano, com ar de peste, cor de sorriso.      

Comentários

Postagens mais visitadas