desatento.



Às vezes só, eu sinto
Uma crueldade crua num instante
Não sou mais um homem sucinto
Sou cativo do inconstante

Vejo-me tão confuso como ondas largas
Quero meus desejos atendidos
Ainda desses prazeres mal-sucedidos
Mastigo amoras amargas

Por que essa névoa insistente
Querer perdurar numa alma gigante
Sem jamais ser contente

Voando como a garça sobre o rio
Não conhece nem o concreto nem esguio
Pensa rasante nessa coisa ausente   

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