Café e Cigarro II


Na varanda, debruçado sobre o parapeito
A xícara à mão direita
O cigarro à esquerda
Os olhos apertados, sentindo o calor
A pouca luz da tarde de domingo
Uma vitrola tocando bossa
Súbita uma brisa chega
Inflama a ponta do cigarro
Folhas secas circulam no vendaval
O pueril sobe em redemoinho
Dou um gole no café e sento-me
Sinto o prazer numa tragada
Balanço a cadeira, cruzo os braços
E amasso o cigarro num cinzeiro português.  

Comentários

Postagens mais visitadas