festa em terra carnavalesca.

O aroma dos entorpecentes sobe
Como numa nuvem de heresia chula
Ao rosto fingido de raparigas e rapazes
Que por hipnose sorriem.
O grito do pastor ecoa pela praça
É de um dos Recifes que trato
Daquele da madrugada marginal
Impregnado de desejo e loucura.
Enquanto as proles repousam sobre o colchão
E o pavor cuida de trancafiar os portões
A natureza do instinto vai à rua
O som deslumbra a multidão enfezada
São mentes que não cansam de não pensar
Correntes e renomes pelo corpo desgastado
O copo à mão repleta de cicatrizes
 Vestígios da dura vida que se segue
O presépio altivo no Natal renasce
Homens da palavra movimentam o ostracismo
O oco que não se enche, apenas acha
Há vários sorrisos forçados sem brio
De corpo presente, sobrevoo desenganado
Uma briga, uma guerra desanda de novo
O reajuste do inútil aqui se faz
Num Recife às onze da noite.  

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